quinta-feira, 27 de maio de 2010

Saresp 2009 aponta deficiências no ensino fundamental

O governador de São Paulo, Alberto Goldman, e o secretário de Estado da Educação, Paulo Renato Souza, divulgaram nesta quarta-feira os resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) nas redes municipais de ensino. Os resultados apontam para deficiências na base do ensino, nas primeiras séries do Ensino Fundamental. Na 2ª série, o percentual de alunos que tiveram desempenho regular ou insuficiente em matemática foi de 34,1% e em português, chegou a 41%.
Sobre estes resultados, o secretário Paulo Renato de Souza afirmou que apesar de preocupantes, não são de responsabilidade do estado, e sim de cada município. O secretário afirmou ainda que é a favor da municipalização completa do ensino de 1ª a 4ª série.
Outro problema pode ser verificado na 3ª série do Ensino Médio, onde 44,20% dos alunos mostra rendimento insuficiente em matemática. Esta disciplina, inclusive, mostra-se como a de maior dificuldade dos alunos em todas as séries avaliadas. Em porcentagem, 33,10% dos alunos da 6ª série apresentou resultados insuficientes na disciplina; 28,9% tiveram este baixo aproveitamento na 4ª série e 21,9% na 8ª série.
Paulo Renato ressaltou que existe deficiência generalizada de número de docentes na área das exatas, em especial em matemática e física, em todo o País. Com pouca procura pela carreira e aperfeiçoamento na área, a qualidade do ensino tem decaído.
O Saresp avalia os resultados de alunos da 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio em 3 disciplinas - língua portuguesa, matemática e ciências humanas - além da redação.

Alta adesão

A secretaria do Estado destacou a alta adesão dos municípios este ano, chegando a 82,5% do total - ou 532 cidades. Esta adesão expressiva deveu-se ao fato de que as escolas municipais tiveram acesso gratuito ao sistema que pela primeira vez foi custeado pelo Governo do Estado de São Paulo. O total de alunos avaliados foi de 582.778 em 3.226 escolas.
"O intuito é oferecer às cidades um parâmetro de qualidade que permita diagnosticar a situação de suas escolas, acompanhar a evolução da qualidade de ensino ao longo dos anos e desenvolver políticas públicas voltadas para a melhoria da aprendizagem dos alunos", afirmou, em nota, o secretário Paulo Renato Souza.